quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

História da Astrologia VI (da Babilónia à Internet)


Renascimento

Três factores parecem fundamentais para o boom astrológico desse período: as universidades, a imprensa e a penetração da astrologia mágica de origem árabe.

A partir do século XIII, com a criação das universidades na Europa, a astrologia era leccionada junto com a medicina, pois só assim se acreditava poder conhecer a constituição do paciente. Dessa maneira, foi sendo desenvolvida uma astrologia erudita, que participava das cortes dos soberanos e dos papas.

Em 1453, com o advento da imprensa, as efemérides e tábuas de casas passaram a ser publicadas, assim, os astrólogos não precisavam mais fazer cálculos difíceis e demorados para estabelecer os mapas, e não precisavam mais ser astrónomos ou matemáticos.
Esse facto parece ser relevante para entender a popularização da astrologia nesse período.

Como mencionado anteriormente, no início da Idade Média, manteve-se uma astrologia latina de origem popular [24].
Além disso, com o declínio da expansão árabe, a astrologia misturou-se com elementos mágicos, penetrando na Europa também com um apelo popular.

Na sua contextualização do ideal da Renascença, Alexandre Koyré informa que a astrologia era mais importante que a astronomia, e que os astrólogos gozavam de um status de respeitabilidade, exercendo inclusive funções públicas. [25]
Nesse período, a ciência começou a expandir-se consideravelmente, estimulada talvez pelo retorno às fontes antigas e pelos grandes descobrimentos.

[24] cf. nota 22 - p. 14
[25] KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Tradução de Márcio Ramalho. RJ: Forense universitária, 1991 - p. 47


DA BABILÓNIA À INTERNET
Uma breve História da Astrologia

por Cristina Machado
http://www.constelar.com.br

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