sexta-feira, 14 de março de 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008

1 + 1 = 3


"O mais importante é não parar de questionar."

De quem será esta bela frase?
Eu não sei... se descobrirem, por favor digam-me.



O Sr. Bush e as suas asneiras... segundo um ex-ministro da defesa do Canadá...


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Tudo de bom!

"Tudo de bom acontece a pessoas com disposição alegre."

Voltaire

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ora Abóbora!



De alto valor nutritivo, a abóbora contém grande quantidade de vitamina A, indispensável à vista, conserva a saúde da pele e das mucosas, evita infecções e ainda auxilia o crescimento.

Possui ainda Niacina, que faz parte das vitaminas do Complexo B, cuja função é evitar problemas de pele, do aparelho digestivo, do sistema nervoso e reumatismo.
Tem, ainda, sais minerais como Cálcio e Fósforo, que participam da formação de ossos e dentes, construção muscular, coagulação do sangue e transmissão de impulsos nervosos.

É indicada para pessoas de todas as idades por ser de fácil digestão.

Laxativa e diurética, contém sementes tidas como potentes vermífugos, que agem principalmente contra a ténia (solitária). Para essa finalidade, as sementes devem ser utilizadas frescas, sem a película que as cobre, moídas e misturadas com açúcar.
Elas são boas também contra náuseas em geral e vómitos de gestantes.

A abóbora é indicada na recuperação de enfermidades agudas do aparelho digestivo, especialmente inflamações dos intestinos.

Crua ou cozida, serve como cataplasma para ajudar na cura de ferimentos, picadas de insectos, queimaduras leves e furúnculos.
E o puré de abóbora exerce função diurética nas inflamações dos rins.


Na hora da compra, deve escolher abóboras de casca firme, sem rachaduras ou partes moles. Quando verde, deve ser conservada em lugar fresco e arejado.
Quando madura é melhor deixá-la no frigorífico onde pode durar de 3 a 4 meses.

Pelo mundo...
As suas sementes, para os índios Cherookee, podem curar cólicas, diminuir pedras nos rins e acalmar febres desde que servidas em chás.
Na Índia, a polpa da abóbora colocada directamente sobre a testa alivia dores de cabeça e, nas Filipinas, o caldo do pé de abóbora é recomendado na cura de dores de ouvido.


Doce de abóbora caseiro

Ingredientes:
1 kg de abóbora descascada
3 xícaras de açúcar
4 cravos da Índia
2 canelas em pau pequenas
1/4 xícara de leite de coco

Preparo:
Corte a abóbora em cubos de 3 cm. Coloque em uma panela juntamente com o açúcar e leve ao fogo baixo para que o açúcar desmanche, acrescente a canela e os cravos e continue a ferver o doce até que os cubos de abóbora estejam bem macios. Com uma colher de pá, vá amassando a abóbora para que ela se desmanche e o doce comece a ficar cremoso.

Cozinhe em fogo baixo, mexendo regularmente.
Quando o doce começar a se soltar do fundo da panela, acrescente o leite de coco.
Cozinhe por mais 2 ou 3 minutos. Deixe esfriar e sirva.

E se lhe juntar algumas nozes ou pinhões! Hummmm...

Fontes: Coluna Vida Saudável, jornal Diário de S.Paulo, por Lucília Diniz http://www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Soja, Mulheres e Menopausa

Menopausa e Soja

Quando a mulher entra na menopausa, há uma redução significativa do hormônio estradiol.
Isso provoca alteração da elasticidade dos vasos sanguíneos e degeneração progressiva dos tecidos acarretando sintomas como ondas de calor, suor excessivo, insónia, depressão e irritação.

Normalmente utiliza-se reposição hormonal com estrógeno para reduzir esses distúrbios.
Esse tratamento, porém traz alguns riscos.
Pesquisas indicam que o uso de estrógeno está relacionado ao aumento discreto nos índices de câncer de mama de endométrio (útero).


Soja e a Menopausa.

Enquanto cerca de 85% das mulheres americanas dizem ter sintomas na menopausa, somente 25% das mulheres japonesas reclamam dos mesmos sintomas.
Mulheres japonesas consomem mais proteína de soja do que as mulheres nos países ocidentais e com isso podem aliviar sintomas da menopausa.

O fitoestrogênio, ou isoflavona, componente da soja ajuda a diminuir ou talvez mesmo eliminar, os sintomas da menopausa, particularmente os fogachos (ondas de calor) .

Um estudo recente em mulheres após menopausa mostrou que se suplementadas diariamente com 60g de proteína de soja contendo 76mg de isoflavonas, têm significativamente diminuído as incidências de ondas de calor, comparados com mulheres que não consumiam soja.


Um outro estudo apresentado no terceiro simpósio internacional sobre a soja, que aconteceu de 31 de outubro a 3 de novembro de 1999 em Washington EUA, mostrou que suplementar soja na dieta de mulheres após menopausa diminui número de ondas de calor ou fogachos.
Os pesquisadores continuam pesquisando essa associação.

A soja pode então ajudar as mulheres que estão experimentando sintomas indesejáveis da menopausa.

Outros benefícios da soja são diminuir o risco de câncer de mama, diminuir o risco de osteoporose, e prevenir doenças cardíacas.

Populações que comem soja tem menos ataques do coração do que aqueles que comem proteína animal, como carne, frango e derivados do leite.
A proteína da soja poderia reduzir o colesterol, o LDL colesterol os triglicerídeos e aumentar o HDL colesterol.


As isoflavonas da soja são importantes antioxidantes que previnem a oxidação ou dano do LDL colesterol, a soja diminui a tendência de coagulação sanguínea e tem efeitos favoráveis aos vasos sanguíneos.

Mulheres que têm na família história de risco elevado de câncer de mama podem encontrar efeitos benéficos protectores na soja.

Aumentar a quantidade de soja na dieta poderia ser interessante e pode ser encontrados no leite de soja com baixo teor de gordura, Tofu e grãos integrais de soja.

As mulheres orientais e as vegetarianas têm menor incidência de osteoporose, comparado com as mulheres ocidentais.

O consumo de proteína animal, (como carne, frango, peixe e derivados do leite) geralmente aumenta a perda de cálcio pelos ossos.
Para cada 1,0 gr de aumento no consumo de proteína animal, e você perde uma média de 1,75 mg de cálcio pela urina.

Mas antes de sair por aí consumindo soja, procure sempre orientação médica para saber se você realmente tem necessidade de reposição hormonal ou suplementação.

Fonte: http://www.bioelemento.com

Fotos de Mulheres: www.portaldoenvelhecimento.net

A soja é considerada uma fonte de proteína completa, isto é, contém quantidades significativas de todos os aminoácidos essenciais que devem ser providos ao corpo humano através de fontes externas, por causa de sua inabilidade para sintetizá-los.

Como ilustração do poder nutritivo da soja, saliente-se o fato de que ela é o único alimento protéico fornecido por organizações humanitárias a africanos famélicos.

Com uma alimentação exclusivamente baseada em soja, crianças à beira da morte recuperam todo o seu peso em poucas semanas.

Esse fenômeno ocorreu em larga escala nas crises humanitárias de Biafra (Década de 1970), Etiópia (Década de 1980) e Somália (Década de 1990).

Fonte: http://pt.wikipedia.org



domingo, 3 de fevereiro de 2008

Aerogel - o material mais caro do mundo

Peter Tsou, da NASA, segurando um pedaço de aerogel

O Aerogel é um material sólido mesoporoso extremamente leve derivado de um gel, no qual a sua parte líquida foi substituida por um gás. O resultado desse processo é um bloco sólido com densidade extremamente baixa e com várias propriedades notáveis, entre as quais destaca-se excelente eficiência como isolante térmico e elétrico, além de ser o material sólido mais leve que existe.

Devido as suas características físicas (baixa densidade, transparência e difusão da luz) esse material recebeu o apelido de fumaça sólida.

O Aerogel foi inventado por Steven Kistler, em 1931. O primeiro resultado foi o gel de silício, mas o aerogel pode ser feito de diversos materiais. O trabalho de Kistler envolveu aerogéis baseados em dióxido de silício, óxido de alumínio, óxido de cromo III, e estanho. Aerogéis de carbono foram criados pela primeira vez no final década de 1990.


AEROGEL
vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=5PfelqRpOQk fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aerogel



O aerogel foi originalmente desenvolvido em 1930, mas permaneceu como mera curiosidade científica até 1960, quando os cientistas começaram a considerá-lo como um meio de armazenamento de combustível de foguetes. Os primeiros aerogel eram feitos de sílica, com uma composição química semelhante ao vidro. Embora leves, mesmo os aerogel fabricados atualmente são extremamente frágeis e quebradiços, o que limita sua aplicabilidade prática.

Mas pesquisadores da Universidade Missouri-Rolla (Estados Unidos), chefiados pelo professor Nicholas Leventis, encontraram uma forma de tornar o aerogel 100 vezes mais resistente. Em um estudo publicado no número de Setembro da revista Nano Letters, os pesquisadores afirmam ter construído o sólido mais leve e mais forte do mundo.

A descoberta abre um mundo novo de aplicações para o material, indo desde vestimentas leves segurança e blindagens para veículos, até materiais de construção mais leves e fortes, isolamentos para janelas, pneus mais duráveis e aviões e naves espaciais mais leves e com menor consumo de combustível.

Isolante térmico

Em um esforço para melhorar a resistência do aerogel, os pesquisadores decidiram entrelaçar partículas de sílica, basicamente vidro, com poliuretano, um plástico. O material resultante, no entanto, ainda se mostrou muito quebradiço.

Os pesquisadores decidiram então ligar quimicamente seqüências de vidro nanoparticulado com poli-isocianato, um dos dois componentes do poliuretano. Tal como o aerogel tradicional, o material resultante ficou quase tão leve quanto o ar. Mas a nova estrutura química resultou em um aerogel 100 vezes mais resistente à quebra, além de ser praticamente insensível à umidade.

O aerogel é também altamente resistente à condução de calor, tornando-o adequado para utilização como isolante térmico. Outras possibilidades de uso incluem parachoques de automóveis e armazenamento de combustível, tornando tanques de aviões e de veículos de transporte de materiais inflamáveis mais seguros e resistentes a impactos.

A pesquisa foi financiada pelo Petroleum Research Fund, gerido pela American Chemical Society.


Fontes: http://pt.wikipedia.org
http://www.inovacaotecnologica.com.br

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O INCRÍVEL PODER DOS CHÁS


Dizem que no mundo todo, se bebe mais de um bilião de xícaras de chá por dia.
Culpa dos orientais, que não dispensam a bebida.

Pudera, além de aquecer corpo e espírito, os chás têm efeitos benéficos para uma porção de males.
Até mesmo os cientistas andam se ocupando em conferir as propriedades de vários deles.
Como o chá verde, que os pesquisadores suspeitam possuir propriedades anticancerígenas.
Além de um alto teor de flúor, efeitos antiinflamatórios, de fortalecimento dos vasos sanguíneos e do coração.


Embora simples, preparar chás exige alguns cuidados.
Primeiro, é bom saber que folhas e flores, se fervidos por mais que cinco a dez minutos perdem seus princípios ativos.
Logo, o melhor é fazer com elas infusões: uma colher de sopa de folhas lavadas, secas ou frescas, é colocada numa xícara e sobre ela, despeja-se um copo de água fervente.
Depois é deixar tampado por uns dez minutos, antes de beber.

Já as decocções são feitas deixando-se raízes, cascas ou talos de molho por cerca de 30 minutos, antes de levar ao fogo, por período que variam de cinco a trinta minutos.

"É o caso do gengibre, que auxilia na digestão de gorduras, e acelera a eliminação de toxinas. Além de seus conhecidos efeitos antigripais", acrescenta a bióloga e especialista em alimentação energética Renate Tirler, outra interessada no poder curativo das plantas.
Até mesmo o agrião, diz ela, por actuar no meridiano do pulmão, é óptimo contra tristeza e melancolia.
Da mesma forma, o quebra-pedra, além do uso consagrado, também é bom auxiliar em casos de síndrome do pânico e fobia. Isso porque, segundo a medicina tradicional chinesa, actua sobre o rim, que, funcionando mal, activa sentimentos como o medo.


Na medida certa
Outro cuidado a ter, é observar as medidas.
Mesmo produtos naturais podem ter efeitos tóxicos, quando em excesso.

Márcia Luvizoto ensina que uma colherzinha de café equivale a 2g de folhas secas, ou 4g de raízes; uma colher de sopa contém 5g de folhas secas ou 10g de raízes; enquanto um punhado tem mais ou menos 35g de folhas secas e serve para preparar meio litro de chá.
Adoçá-los, para a terapeuta, é quase heresia. No máximo, uma pequena colher de mel. De preferência, puro, para melhor aproveitar as suas qualidades.

Quatro a cinco xícaras são mais do que suficientes como dose diária.
Quantidades acima disso são desaconselháveis.

Os chineses costumam dividir os alimentos entre os que, de acordo com sua natureza, provocam calor ou frio.
O seu hábito de tomar chá morno, debaixo do sol quente causou enorme estranheza nos portugueses que chegaram a Macau.
A explicação, segundo a nutricionista, é simples. “Líquidos gelados em dias de sol forte fazem aumentar a diferença entre a temperatura interna do corpo — que baixa com os gelados — e a externa. Alimentos e líquidos mornos tendem a reduzir este desequilíbrio e a tornar mais confortável suportar o calor. Vale o mesmo para épocas de frio externo. Sempre tem que ter um chá ou alimento refrescante para não aumentar demais a diferença entre o interno e a temperatura ambiente”, explica.

Da mesma maneira, líquidos gelados após as refeições reduzem a temperatura interna e retardam a digestão, enquanto líquidos quentes facilitam o processo.
O ideal é que sejam tomados 30 minutos depois de comer.


Outro cuidado que se deve ter, é com a associação das folhas.
Afinal, uma erva tanto pode reforçar quanto enfraquecer a acção de outra, ou ainda ter efeitos antagónicos.
Logo, o melhor é não se aventurar em misturas sem conhecer as propriedades e possíveis resultados da combinação.

Chás são óptimos e seus efeitos terapêuticos melhores ainda.
Mas convém observar se as folhas são de boa qualidade, se não têm fungos ou mofo.
Também se desaconselha o uso prolongado de determinada erva.
Isso porque o organismo se acostuma e elas deixam de fazer efeito.


Receitinhas para todos os usos

A terapeuta Márcia Luvizoto ensina algumas formas de se aproveitar melhor as ervas.

Alface - Deite uma xícara de água fervente sobre 3 folhas de alface, e terá um excelente chá calmante e analgésico. É bom para amenizar a dor de cabeça.

Abacaxi - A casca de um abacaxi bem lavada e posta de molho em água mineral durante toda a noite. Levada ao fogo no dia seguinte, sem deixar ferver para evitar que se perca a vitamina C. Serve para tratar inflamações de garganta, melhorar cravos e espinhas.

Hortelã - 2 colheres de sopa para meio litro de água. Deixe ferver por 10 minutos para libertar os princípios activos. Coe antes de tomar. Bom para fazer expectorar e evitar muco. Também melhora cólicas menstruais, cálculos biliares e palpitações. “O que poucos sabem é que também é excelente para tratar casos de impotência masculina que sejam de origem emocional.”


Alguns problemas e os chás que os atenuam :

Ansiedade- chá de capim-limão (Cymbopogon citratus stapli) com gotas de limão e mel; chá de erva-cidreira (Melissa oficinallis)

Cálculo renal- decocção de palha de milho (Zea mays); decocção de raiz de salsa (Petroselinum sativam)

Chulé - infusão de louro (Laurus nobilis) para banhar os pés.

Cólicas intestinais- infusão de hortelã (Mentha piperita); infusão de aniz (Pimpinella anisum)

Má digestão- chá de carqueja (baccharis genistelloides)

Mau hálito- infusão de eucalipto (Eucalyptus globulus); infusão de alecrim (Rosmarinus officinalis)

Hemorróidas- chá de dente de leão (Taraxacum officinale); decocção de bardana (Arctium lappe)


Fonte: (Vilma Homero, "Planeta Vida", 23/10/2000)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MANGA um remédio que poucos conhecem

Saborosa, perfumada e rica em vitaminas, manga é remédio eficaz em vários casos.
Também é aliada na economia: é uma das principais frutas a alcançar o mercado internacional.

Espada, Bourbon, rosa, favo de mel, coração-de-boi, rosa, avião...
Estes são alguns dos sobrenomes de uma das mais saborosas e perfumadas frutas que se pode provar: manga.

A manga comparece no cardápio sob muitas formas: compotas, marmeladas, geleias, sucos.
Mas é ao natural que ela deixa o sabor mais inconfundível da sua polpa.
Uma das mais ricas frutas em conteúdo de vitaminas A e C, possui, igualmente, apreciável conteúdo de vitaminas B1, B2 e B5, além de ferro, cálcio, fósforo, proteínas e gorduras.

Segundo o pesquisador Alfons Balbach, em seu livro As Frutas na Medicina Doméstica, a manga “combate as bronquites mais rebeldes, tem propriedades antiescorbúticas, é depurativa de sangue e favorece a diurese.”

Expectorante valioso nas enfermidades das vias respiratórias, combate catarro, tosse e bronquite, quando usada em forma de xarope com mel de abelhas.
E, consumidas em jejum, também combate acidez e outras enfermidades do estômago, orienta o Dr. Ernest Schneider, autor de A Cura e a Saúde pelos Alimentos (Casa Publicadora Brasileira). “Diarréia e tuberculose são outras doenças em que o uso da manga é considerado”.

Delicada e difamada
A mangueira é uma planta tropical que se desenvolve bem em condições de clima subtropical. Originária do Sul da Ásia, a manga dispersou-se por todos os continentes, sendo cultivada actualmente em todos os países de clima tropical e subtropical.
A manga destaca-se como uma fruta de alto valor comercial em muitas regiões do mundo, principalmente as regiões tropicais.

Universalmente, é considerada uma das mais delicadas frutas do mundo e, além de ter seu valor alimentar reconhecido, a manga é a quarta fruta dos trópicos a alcançar o mercado internacional, depois da banana, do abacaxi e do abacate.

Essa fruta, rica em vitaminas e outros elementos importantes para o organismo, tem sido difamada por conta de preconceitos e tabus.
Um deles é considerá-la veneno quando misturada ao leite. Isso não passa de superstição.
Há também uma falsa informação de que manga é uma fruta pesada e indigesta, especialmente se ingerida no desjejum ou à noite.
Porém, em vez de prejudicar, tem grande importância como auxiliar dos movimentos peristálticos intestinais.

As vitaminas do complexo B, presentes em boa quantidade nas suculentas mangas, fazem parte das enzimas digestivas e da absorção dos nutrientes.
Sua carência no organismo torna impossível a ingestão equilibrada de carboidratos e proteínas, causando falta de apetite, fadiga, apatia e transtornos no crescimento.

A manga possui, ainda, boa quantidade de um mineral bastante útil ao equilíbrio dos líquidos no corpo: o potássio.
É verdade que ela perde para o abacate, a banana, a laranja e o mamão em potássio.
Mas sua quantidade é muito significativa.

Aliás, recentes pesquisas sugerem que o potássio pode ter ação anticancerígena.
Fósforo, magnésio e ferro, em menores quantidades, também estão presentes.
Eles entram na composição dos músculos, sangue, ossos, dentes e hormônios.

O principal valor da manga está em seu alto teor vitamínico, principalmente de vitaminas A e C, variando, no caso da C, conforme a qualidade da manga.
A rosa, por exemplo, é a que possui a mais elevada quota.
Da vitamina A, cuja matéria-prima é o betacaroteno, sabe-se que é o melhor combatente dos radicais livres.

Os radicais livres são considerados a ferrugem do corpo, provocando envelhecimento precoce. Devido ao alto teor de vitamina A, a manga é um excelente antioxidante do organismo.

Cientistas cubanos descobriram na casca de algumas variedades desta árvore tropical um potente anti-oxidante que melhora a qualidade de vida de pessoas afetadas pela síndrome de imuno-deficiência adquirida.


Fonte: Vida Integral

sábado, 26 de janeiro de 2008

O misterioso Planeta X

... ou será que estamos a falar do planeta Nibiru dos Sumérios?

"Os primeiros registros dos sumérios remontam mais de 3.000 anos antes de nossa era. Sua origem ainda permanece desconhecida. O que sabemos no entanto, é que os Sumérios possuíam uma cultura superior, plenamente desenvolvida, a qual impunham aos semitas, em parte ainda bárbaros.

Quanto aos seus deuses, estes os procuravam nos cumes da montanhas, ou, quando não haviam montanhas onde se encontravam, faziam aterros formando morros artificiais.

Conhecimentos e Tecnologia

A astronomia suméria era extremamente avançada. Seus observatórios eram capazes de obter cálculos do ciclo lunar que diferiam somente 0.4 segundos dos nossos cálculos atuais. Foi encontrado também, na colina de Kuyundjick (a antiga Nínive), um cálculo com impressionantes 15 casas, com resultado final igual a 195.955.200.000.000. Os gregos, no auge de seu saber, não se atreveram a ultrapassar o número 10.000, considerando tudo o que passasse deste valor como infinito.

Na cidade de Nipur, a 150 quilômetros de Bagdá, foi encontrada uma biblioteca sumeriana inteira, contendo cerca de 60.000 placas de barro com inscrições cuneiformes.

Suas tábulas de argila contém informações preciosas sobre o Sistema Solar.

O mais impressionante são os dados sobre Plutão – planeta só (re)descoberto em 1930!

Eles possuíam conhecimentos sobre o tamanho, composições químicas e físicas de Plutão e afirmavam que este era na verdade um satélite de Saturno que se “desprendeu” e ganhou nova órbita.

A Lua era por eles chamada de “pote de chumbo” e diziam que seu núcleo era uma cabaça de ferro.
Durante o programa Apollo, a NASA confirmou estes dados…

(...)
Os sumérios acreditavam que seus deuses vieram deste planeta (Nibiru) – “o décimo segundo planeta” – que completa uma volta ao Sol a cada 3.600 anos."


Leia mais no site fonte desta informação: http://osnefilins.tripod.com/


E pergunte-se:
Toda a História Humana estará mal contada?
A guerra do Iraque terá mais profundos interesses que o petróleo?


quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Água ou Coca-Cola?



A ÁGUA:

Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para quase 100% das pessoas em regime.
É o que mostra um estudo na Universidade de Washington.

Falta de água é o fator nº 1 da causa de fadiga durante o dia.

Estudos preliminares indicam que de 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar significativamente as dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males.

Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência na
memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focalizar uma tela de computador ou uma página impressa.

Beber 5 copos de água por dia diminui o risco de cancro no cólon em 45%, pode diminuir o risco de cancro de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se desenvolver cancro na bexiga.


A COCA-COLA :

* Em muitos estados nos EUA os patrulheiros rodoviários carregam dois galões de Coca-cola no porta-malas, para ser usado na remoção de sangue das estradas, depois de um acidente.

* Se você puser um osso em uma tigela com Coca-Cola, ele se dissolverá em dois dias.

* Para limpar sanitas: despeje uma lata de Coca-cola dentro, deixe a "coisa" decantar por uma hora e então dê a descarga. O ácido cítrico da Coca-cola remove manchas na louça da sanita.

* Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de automóveis:
esfregue o pára-choques com um chumaço de papel de alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com coca-cola.

* Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis: despeje uma lata de Coca-cola sobre os terminais e deixe efervescer sobre a corrosão.

* Para soltar um parafuso emperrado por corrosão: aplique um pano encharcado com Coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários minutos.

* Para remover manchas de graxa das roupas: despeje uma lata de Coca-cola dentro do tanque com as roupas com graxa, adicione detergente e bata em ritmo regular.
A Coca-cola ajudará a remover as manchas de graxa.


Para sua informação:

O ingrediente activo na Coca-cola é o ácido fosfórico.
Seu PH é 2.8.
Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias.
Ácido fosfórico também rouba cálcio aos ossos e é o maior contribuidor para o aumento da osteoporose.

Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na Alemanha para detectar o porquê do
aparecimento de osteoporose em crianças a partir de 10 anos (pré-adolescentes).
Resultado: excesso de Coca-cola, por falta de orientação dos pais.

Para transportar o xarope de Coca-cola, os camiões comerciais devem ser
identificados com a placa de "Material Perigoso" que é reservado para o transporte de materiais altamente corrosivos.

Os distribuidores de Coca-Cola têm usado a coca para limpar os motores dos seus camiões há pelo menos 20 anos.

Mais um detalhe: A Coca Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da combinação Coca + Aspartame, suspeita de causar lúpus e doenças degenerativas do sistema nervoso...


E agora... a pergunta é:

...vai um copo de água ou um copo de Coca-Cola?"


fonte: http://bemalimentado.blogspot.com

História da Astrologia VIII (da Babilónia à Internet)

William Lilly

O período mais recente da história da astrologia

Com a obra de William Lilly, a Astrologia tem um de seus últimos grandes momentos, antes de duzentos anos de declínio.

É importante citar dois astrólogos do século XVII, Morin de Villefranche (1583-1650), que publicou a obra Astrologia Gallica [36], e seu contemporâneo inglês, William Lilly (1602-1682), que publicou o livro Christian Astrology [37], ambos extremamente úteis aos astrólogos até os dias de hoje.

Pode-se dizer que a astrologia sobreviveu ao Renascimento mas, no início do período moderno, três factos foram derradeiros:

1) a criação da Academia de Ciências por Colbert, em 1666, sem incluir a astrologia [38];
2) o decreto de Luís XIV, em 1682, condenando a difusão dos almanaques astrológicos;
3) a proibição, a partir de 1710, da impressão das Efemérides e das tábuas de casas.

Dessa maneira, a astrologia caiu no ostracismo e passou a ser vista com olhares desconfiados.

Conforme Arkan Simaan, "foi o famoso 'caso dos venenos' que veio, entretanto, pôr fim à moda da astrologia na alta sociedade, por causa do horror que suscitou e, principalmente, porque incentivou Luís XIV e Colbert a proibirem tais atividades" [39].

O caso dos venenos envolvia alguns astrólogos na morte por envenenamento de crianças e cônjuges de seus clientes.
Foucault, ao contrário, afirma que as práticas condenadas pelo decreto de 1682 não desapareceram, pois o rigor da lei foi diminuindo passo a passo. [40]

Como vimos, a astrologia tornou-se marginal, por isso, misturou-se com outros saberes, mascarou-se e fragmentou-se para poder sobreviver.
As sociedades secretas conservaram a astrologia, considerando-a uma ciência fundada na natureza.
Os almanaques rurais, que forneciam informações de plantio, colheita, calendário, etc., também sobreviveram.

Vale ressaltar que, na Inglaterra, a história é um pouco diferente, pois os ingleses continuaram praticando e publicando astrologia, principalmente depois do movimento teosófico (1875).

Em Portugal, parece que não houve nenhum tipo de proibição, e os almanaques astrológicos continuaram sendo impressos, apesar da sua progressiva descaracterização [41].

Em 1930, circula o primeiro jornal com uma secção de astrologia, o Sunday Express e, em 1932, surgem os primeiros horóscopos na revista feminina, Journal de la Femme.

Começa um novo boom da astrologia, ainda mais incentivado pelas facilidades informáticas da segunda metade do século XX.
Pode-se dizer que, numa tentativa de se adequar a um certo modelo de cientificidade, a astrologia foi "psicologizada" e estudada por método estatístico, com os trabalhos de Paul Choisnard (1867-1930) e Michel Gauquelin (a partir de 1949).

Actualmente, apesar do preconceito que ainda vigora, devido às modificações que sofreu ao longo do tempo para poder sobreviver, a astrologia vem sendo admitida vagarosamente no mundo académico, constituindo um objecto de estudo, de rico material histórico, filosófico, pedagógico, enfim, multidisciplinar.


[36] MORIN, J.B. Astrologia Gallica. Tradução de Richard S. Baldwin (do original em latim de 1661). Washington: AFA, 1974
[37] LILLY, W. Christian Astrology. Londres: Regulus Publishing Co, 1985 (fac-símile de 1647)
[38] Essa decisão política compõe o cenário de um "projeto" de modernidade, cujo ideal de reflexão autônoma do sujeito, é iniciado por Descartes. As formas de conhecimento baseadas na semelhança, como é o caso de, pelo menos, parte da astrologia, não faziam parte desse projeto. [cf. FOUCAULT, M. Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. Tradução de Elisa Monteiro. RJ: Forense Universitária, 2000 - p. 10 (Coleção Ditos e Escritos II)
[39] SIMAAN, A. A imagem do mundo: dos babilônios a Newton. Tradução de Dorothée de Bruchard. SP: Companhia das Letras, 2003 - p. 264
[40] FOUCAULT, M. História da loucura na idade clássica. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. SP: Editora Perspectiva, 2002 - p. 96
[41] cf. CAROLINO, L.M. A escrita celeste: almanaques astrológicos em Portugal nos séculos XVII e XVIII. RJ: Access, 2002 - p. 81


DA BABILÓNIA À INTERNET
Uma breve História da Astrologia

por Cristina Machado
http://www.constelar.com.br

História da Astrologia VII (da Babilónia à Internet)

Pico della Mirandola

Os primórdios da ciência moderna e o declínio da cosmologia aristotélica

Uma das excepções a esse florescimento da astrologia no Renascimento foi Pico della Mirandola (1469-1533).
Na sua obra, Disputationes, critica a mistura de religião e ciência que ocorre na astrologia.
Para ele, o equívoco da astrologia decorre de dois fatores:
1) sua origem caldaica e egípcia, povos que, segundo ele, eram inaptos ao saber
2) não é rigorosa, mas pretende sê-lo.

O fascínio da astrologia, para Pico della Mirandola, é o seu caráter compósito, ciência e arte, que estimula a curiosidade e a cobiça humanas, além de lhe atribuir um ar de verossimilhança.
Para ele, há também uma tendência à veneração de tudo que é antigo, o que confere à astrologia um ar de sapiência e autoridade.
Pico della Mirandola fez uma história da astrologia para liquidar com o que ele considerava uma pseudociência [26], pois achava que ela não tinha rigor metódico nem critérios lógicos.
Para ele, o astrólogo visa apenas a glória e o lucro, pois sua atitude mental é no sentido de suscitar espanto e admiração. [27]


Copérnico

Nesse cenário, Copérnico (1473-1543) demonstra a teoria heliocêntrica, Galileu (1564-1642) aponta seu telescópio para o céu e a verifica, e Kepler (1571-1630) formula algumas de suas leis.

Kepler e Galileu eram astrólogos, mas concebiam a astrologia de maneira crítica, especialmente Kepler, que, segundo Fuzeau-Braesch, "situou assim, pela primeira vez, a astrologia entre as concepções científicas novas: ela permaneceu decididamente geocêntrica como ainda o é em nossos dias, e isso baseando-se em uma experiência terrestre afirmada, anunciando já posições modernas recentes" [28].

Esse é o contexto de transição para a ciência moderna, para um mundo cuja imagem é totalmente diferente da imagem anterior, pois há uma ruptura entre o mundo dos sentidos e o mundo da ciência, até então considerados coincidentes: o universo agora é infinito, e o céu e a Terra gozam do mesmo estatuto ontológico.

Segundo Koyré, "A grande inimiga da Renascença, do ponto de vista filosófico e científico, foi a síntese aristotélica, e pode dizer-se que sua grande obra foi a destruição dessa síntese." [29]

Paulo Rossi rejeita a idéia de que o heliocentrismo seja o único responsável pelo "fim" da astrologia.
Ele considera discutível o pressuposto embutido nessa ideia de que a ciência progride contínua e linearmente sem erros.
A astrologia continuou viva após Copérnico, entrelaçada à astronomia, à filosofia, etc.
As discussões sobre o sistema copernicano e o universo como máquina prosseguiram depois de Copérnico, já que Kepler fazia mapas astrológicos e Newton estudava astrologia, entre outros conhecimentos considerados ocultos. [31]

Stephen Hawking, por sua vez, atribui o declínio da astrologia no mundo moderno ao deslocamento do "lugar" do determinismo.
Para ele, as leis de Newton e as outras teorias físicas deslocaram esse objeto de desejo do homem, o determinismo, da astrologia para a ciência.
Hawking associa a ideia de determinismo científico, formulada pela primeira vez no século XIX por Laplace, à astrologia, da seguinte maneira: "(…) se o determinismo científico for válido, deveríamos, em tese, ser capazes de prever o futuro e não precisaríamos da astrologia". [33]
Galileu

A Igreja, que tinha apostado tudo na compatibilização do pensamento aristotélico com o cristianismo, gradativamente foi perdendo seu papel de portadora da verdade absoluta, e as Escrituras começaram a ser entendidas, pelo menos no meio científico-filosófico, como uma escrita simbólica.
A tese da dupla verdade mencionada anteriormente [34], supostamente averroísta, foi reafirmada por Galileu, o que o levou a ser acusado pela inquisição.
Mas esse foi um passo determinante para a ciência moderna, pois a ciência passou a constituir um ramo de estudo independente da religião. Segundo Camenietzki, "O cientista pode até mesmo estar estudando a obra de Deus, mas ele não mais guia as suas acções por princípios das Escrituras" [35].

[26] Para não soar anacrónico, é importante lembrar que o termo "pseudociência", usado em pleno Renascimento, não tem a mesma conotação de hoje em dia, assim como a própria noção de "ciência".
[27] cf. ROSSI, P. A ciência e a filosofia dos modernos. Tradução de Álvaro Lorencini. SP: UNESP, 1992 - p. 40
[28] FUZEAU-BRAESCH, S. A astrologia. Tradução de Lucy Magalhães. A astrologia. RJ: Jorge Zahar Editor, 1990 - p. 59
[29] KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Tradução de Márcio Ramalho. RJ: Forense universitária, 1991 - p. 47
[30] CAMENIETZKI, C.Z. A cruz e a luneta. RJ: Access, 2000 - p. 67
[31] cf. ROSSI, P. A ciência e a filosofia dos modernos. Tradução de Álvaro Lorencini. SP: UNESP, 1992
[33] HAWKING, S. O universo numa casca de noz. Tradução de Ivo Korytowski SP: Arx, 2001 - p.104
[34] cf. seção anterior, p.15
[35] CAMENIETZKI, C.Z. A cruz e a luneta. RJ: Access, 2000 - p. 93

História da Astrologia VI (da Babilónia à Internet)


Renascimento

Três factores parecem fundamentais para o boom astrológico desse período: as universidades, a imprensa e a penetração da astrologia mágica de origem árabe.

A partir do século XIII, com a criação das universidades na Europa, a astrologia era leccionada junto com a medicina, pois só assim se acreditava poder conhecer a constituição do paciente. Dessa maneira, foi sendo desenvolvida uma astrologia erudita, que participava das cortes dos soberanos e dos papas.

Em 1453, com o advento da imprensa, as efemérides e tábuas de casas passaram a ser publicadas, assim, os astrólogos não precisavam mais fazer cálculos difíceis e demorados para estabelecer os mapas, e não precisavam mais ser astrónomos ou matemáticos.
Esse facto parece ser relevante para entender a popularização da astrologia nesse período.

Como mencionado anteriormente, no início da Idade Média, manteve-se uma astrologia latina de origem popular [24].
Além disso, com o declínio da expansão árabe, a astrologia misturou-se com elementos mágicos, penetrando na Europa também com um apelo popular.

Na sua contextualização do ideal da Renascença, Alexandre Koyré informa que a astrologia era mais importante que a astronomia, e que os astrólogos gozavam de um status de respeitabilidade, exercendo inclusive funções públicas. [25]
Nesse período, a ciência começou a expandir-se consideravelmente, estimulada talvez pelo retorno às fontes antigas e pelos grandes descobrimentos.

[24] cf. nota 22 - p. 14
[25] KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Tradução de Márcio Ramalho. RJ: Forense universitária, 1991 - p. 47


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Uma breve História da Astrologia

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História da Astrologia V (da Babilónia à Internet)

Avicena

Idade Média: O Mundo Árabe

A decadência do Império Romano (século V) e a perseguição aos astrólogos levaram a astrologia para o mundo árabe, que pouco a pouco foi se tornando um grande centro cultural e científico.

Foram os árabes que conservaram todo o legado astrológico da antiguidade, agregando novos elementos [19] e permitindo que, posteriormente, a astrologia voltasse definitivamente para a Europa, por meio das Cruzadas.

Até o século VIII, é possível identificar no mundo árabe uma cultura perso-helénica influenciada por sírios e judeus.
A partir do século VIII, os árabes passaram a ter interesse pela astrologia, começando um movimento de tradução, que culmina nos séculos X e XI, com um grande desenvolvimento das ciências, inclusive da astrologia, principalmente em Bagdad e Alexandria, que foram os grandes centros intelectuais do mundo árabe.
Houve também uma presença árabe importante na Europa até o século XV, principalmente em Espanha, devido às invasões mouras.
Inúmeras traduções datam desse período. [20]

Os árabes usavam muito a astrologia horária, que é como um oráculo de perguntas e respostas, baseando-se no mapa astrológico da pergunta.
Por isso, o islamismo aceitou a astrologia melhor do que o cristianismo, pois essa prática não teria nenhuma relação com o destino do indivíduo.
Só para ilustrar, Mash'Allah e Nawbaht calcularam o mapa astral que determinou o dia inicial da construção da cidade de Bagdad (30 de julho de 762) [21], e Albumassar (falecido em 886) envolveu-se profundamente no movimento de tradução, compôs "tratados independentes e estabeleceu a astrologia como uma ciência na nascente civilização islâmica" . [22]

Por outro lado, os célebres Avicena (980-1037) e Averroes (1126-1198) hostilizaram a astrologia.
Entretanto, Averroes desenvolveu um sistema cosmológico que, por sua base aristotélica, acaba fundamentando as bases da astrologia.
É como se pudessem existir duas verdades diferentes sobre uma mesma coisa, a verdade dos homens e a verdade de Deus.
Essa ideia era extremamente polémica na época, pois invertia os valores sociais.
Era inaceitável imaginar que a verdade de Deus não fosse a única verdade.
Mas é justamente essa tese a condição de possibilidade, para que se consolidem os alicerces da ciência moderna, como veremos a seguir.

[19] Segundo Martins, os árabes foram além de Ptolomeu, fundindo, definitivamente a filosofia aristotélica, a astrologia e a medicina. [cf. MARTINS, R. A. "A influência de Aristóteles na obra astrológica de Ptolomeu (O Tetrabiblos)" in Trans/Form/Ação. SP: 1995 - p. 76]
[20] cf. GUTAS, D. Greek thought, arabic culture. London & NY: Routledge, 1998
[21] ibid. - p. 16
[22] ibid. - p. 109 - minha tradução
[23] CAMENIETZKI, C.Z. A cruz e a luneta. RJ: Access, 2000 - p. 22


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História da Astrologia IV (da Babilónia à Internet)

Pedro Abelardo e sua amada Heloísa
(tema do poema Abelardo e Heloísa)

Idade Média: a Astrologia e a Igreja

Na alta Idade Média, a astrologia representava uma alternativa à verdade da Igreja, logo, uma alternativa à sua autoridade, sendo providencialmente associada à heresia.
Como muitos cristãos acreditavam que as estrelas realmente indicavam o futuro, eles não podiam permitir que os astrólogos tivessem tal conhecimento.
O maior problema para a Igreja era a questão do livre-arbítrio.

Em suas Confissões, Agostinho ilustra bem essa preocupação:
"Também afirmam [os astrólogos]: 'Foi Vênus ou Saturno ou Marte quem praticou esta acção'. Evidentemente, para que o homem, carne, sangue e orgulhosa podridão, se tenha por irresponsável e atribua toda a culpa ao Criador e Ordenador do céu e dos astros." [17]

Dessa maneira, o homem deixaria de assumir a responsabilidade por seus pecados, atribuindo-a aos astros e, consequentemente, a Deus.
Com base nesse tipo de argumento, a Igreja tomou medidas duras contra a astrologia, chegando a recomendar a pena de morte aos astrólogos.

Dessa maneira, entre os séculos V e X, houve uma diminuição da actividade astrológica na parte oriental do Império e um aparente desaparecimento na parte ocidental.
Entretanto, a literatura astrológica alexandrina que foi preservada, mostra que o cristianismo não conseguiu realizar por completo seu intento contra a astrologia.
Além disso, manteve-se uma tradição astrológica latina, baseada na tradução de textos gregos de astrologia popular. [18]

O teólogo Pedro Abelardo (1079-1142), os padres Alberto Magno (1193-1280) e seu aluno, Tomás de Aquino (1225-1274), e o franciscano Roger Bacon (1214-1294) contribuíram com suas idéias acerca da astrologia em relação ao cristianismo, para um reavivamento da discussão sobre os fundamentos astrológicos e os problemas do livre-arbítrio.
Cabe lembrar, que o pensamento de Aristóteles, responsável por "validar" a astrologia por meio da obra de Ptolomeu, foi sendo adoptado pela maioria dos pensadores da Igreja e compatibilizado com os pressupostos bíblicos.

[17] AGOSTINHO, S. Confissões/De magistro. Tradução de J. Oliveira Santos, A. Ambrósio de Pina e Angelo Ricci. SP: Nova Cultural, 1987 - p. 56 (Coleção Os Pensadores)
[18] cf. FUZEAU-BRAESCH, S. A astrologia. Tradução de Lucy Magalhães. RJ: Jorge Zahar Editor, 1990 - p. 54





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Uma breve História da Astrologia

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História da Astrologia III (da Babilónia à Internet)

Posidonius (135-50 a.C.),
pensador importante na divulgação da filosofia estóica


O BOOM em Roma e Alexandria

Em Roma, a astrologia aporta como parte da cultura da Grécia, conquistada no período de 229-146 a.C., tendo sido absorvida e popularizada por essa cultura.
Por volta do século I a.C., já se tem notícia de astrólogos romanos: Tarutius de Firmum e Publius Nigidius Figulus, que também era senador e aliado político de Cícero.
O estoicismo, escola filosófica que influenciou consideravelmente a elite romana, foi um dos principais elementos responsáveis pela respeitabilidade atribuída à astrologia em Roma.
Desde o século III a.C. os estóicos defendiam todo tipo de prognóstico.

Posidonius (135-50 a.C.), p.ex., foi uma figura de relevo na popularização da visão estóica acerca do destino.
Contudo, não se deve exagerar tal influência, dado que filósofos e astrólogos eram ocasionalmente expulsos de Roma.
Segundo Barton, conforme a república oligárquica foi declinando e a monarquia foi-se impondo, a astrologia foi ganhando status.
Os senadores precisavam ter os astrólogos sob controle do estado, pois as decisões eram tomadas pelo Senado e não por um indivíduo.
Por outro lado, os imperadores usavam os astrólogos para legitimar suas posições, o que fortaleceu a idéia da infalibilidade da astrologia.
Entretanto, essa era uma faca de dois gumes, dado que ela também seria infalível para os rivais do trono, daí as tentativas de regulamentar a astrologia.

Não é novidade para ninguém que Augusto, governante de 30 a 14 a.C., mandou cunhar o símbolo do Capricórnio nas moedas romanas.
A obra em versos de Manilius, o Astronomicon, estava sendo escrita nessa época.
Segundo consta, Tiberius, o governante tirânico posterior a Augusto, foi o primeiro a contar com um astrólogo em sua corte.
Ele chamava-se Thrasyllus, provavelmente o responsável por levar a astrologia hermética para Roma, e primeiro de uma linhagem de astrólogos com o mesmo nome.

Dorotheus de Sidon escreveu em versos, como Manilius, provavelmente entre 25 e 75 da nossa era, também fazendo referência à tradição hermética.
A sua obra foi utilizada e conservada por outros astrólogos, como Firmicus Maternus (século IV), Hephaestion de Tebas (século IV) e Retorius (século VI).

Ao contrário de Ptolomeu, cuja obra se dedica exclusivamente a sistematizar a teoria astrológica, o astrólogo Vettius Valens é uma fonte fundamental sobre como era a prática astrológica no século II d.C.
Na sua obra, Anthologiae [14], compilou cerca de 130 mapas.
Natural da Síria, Valens escreveu com dificuldade em grego - esse era o pré-requisito para um escritor ser levado a sério -, provavelmente, entre 154 e 174.

Cícero (século I a.C.) fez muitas críticas à astrologia, que são tratadas por Ptolomeu bem no início do Tetrabiblos [15].
A maioria delas diz respeito ao determinismo astrológico, mas, como mencionado antes, a maior influência de Ptolomeu foi provavelmente aristotélica e não estóica, e o tipo de astrologia que preconizava era não fatalista, conseguindo dar conta dessas críticas sem grandes problemas, associando a ideia de tendência, igualmente usada na meteorologia.
Sextus Empiricus (século III) também fez críticas em relação ao determinismo astral.

O filósofo neoplatônico, Plotino (século III da era cristã), ataca a astrologia fatalista, ressaltando, assim como Ptolomeu já o fizera no Tetrabiblos, os diversos outros fatores que determinam o destino.
Em suas Enéadas [16], ele admite que as estrelas indicam o futuro, numa escrita que pode ser lida por quem é capaz de usar a analogia sistematicamente.
Plotino fazia críticas aos astrólogos e às suas práticas, e não à astrologia.
Assim como Plotino, é possível afirmar que, até a conversão de Constantino (312 d.C) - o primeiro imperador romano que se converteu ao cristianismo -, ninguém negava que as estrelas "influenciavam" os eventos na Terra, duvidava-se frequentemente, entretanto, da capacidade de os astrólogos preverem tais eventos.

[14] VALENS, V. Anthologies. Tradução de Joëlle-Frédérique Bara. Leiden: E.J. Brill, 1989
[15] PTOLÉMÉE. Tetrabiblos. Tradução de Nicolas Bourdin / Revisão de André Barbault. Paris: Philippe Lebaud Éditeur, 1986
[16] cf. PLOTINUS. Ennead II-3-1. Tradução de A.H. Armstrong. Cambridge: Harvard University Press, 1966


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por Cristina Machado
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História da Astrologia II (da Babilónia à Internet)

Ptolomeu

Primeiros registos: Mesopotâmia, Grécia e Egipto

A astrologia ocidental é parte integrante da herança cultural recebida do Oriente Médio.
A sua origem ainda é discutida [3], mas os primeiros registos documentados de que se tem notícia actualmente, foram feitos em escrita cuneiforme sumeriana, sobre tabuinhas de argila [4], e são originários da região de Lagash, governada por Gudea (aproximadamente 2122-2102 a.C.).

Entretanto, o principal documento da astrologia mesopotâmica que nos restou é o Enuma Anu Enlil, uma compilação de cerca de setenta tabuinhas encontradas na biblioteca real de Nínive, escritas no século VII a.C., que incorporam material mais antigo. [5]

Costuma-se atribuir a Berose, sacerdote babilónico enviado à Grécia após a conquista da Mesopotâmia por Alexandre (331 a.C.), a responsabilidade por levar a astrologia mesopotâmica para a Grécia, contudo, Tamsym Barton refere-se a Sudines, um adivinho babilónico, que viveu cerca de uma geração após Berose, como "primeiro indivíduo datável citado como fonte por pelo menos um astrólogo" [6].

Esse astrólogo, que cita Sudines, é Vettius Valens (século II d.C.).
Barton conta também que há quem atribua ao astrónomo grego, Hiparco (século II a.C.), a responsabilidade pela popularização da astrologia.
"Entretanto, a maioria dos historiadores modernos tem menos inclinação que os antigos a identificar indivíduos como responsáveis por desenvolvimentos intelectuais, e olham preferencialmente para as circunstâncias do período, a fim de explicar o intercâmbio de idéias." [7]
Dessa maneira, não faz sentido atribuir a um ou mais indivíduos, a responsabilidade pela difusão do sistema astrológico.
Berose e Sudines seriam, portanto, exemplos das migrações de indivíduos da Mesopotâmia para a Grécia, que ocorreram após as conquistas de Alexandre, responsáveis pela transmissão das tradições mesopotâmicas.

Independentemente de não ser possível datar com precisão se a astrologia grega começou realmente no século III a.C, tudo indica que, conforme as evidências mencionadas anteriormente, ela partiu da Mesopotâmia e foi levada para a Grécia, onde ganhou a aparência de ciência [8].
É no mundo helénico, portanto, especialmente na Alexandria de Ptolomeu (século II d.C.), que se dá a grande sistematização da astrologia, provavelmente também com influências indianas.
Ptolomeu é um dos nomes dominantes da astrologia helenística.

No seu artigo, "A influência de Aristóteles na obra astrológica de Ptolomeu" (O Tetrabiblos), Roberto Martins faz uma análise do Tetrabiblos, comparando-o com outras obras da época, e demonstra que a grande influência de Ptolomeu, ao contrário do que afirma a interpretação tradicional, é de Aristóteles e não dos estóicos [9], considerando-se que a filosofia aristotélica admite que eventos terrestres, como os fenómenos meteorológicos, as marés, as formações rochosas e a geração de vida na Terra, sejam afectados pelos movimentos dos corpos celestes, conforme postula a astrologia [10].

Além disso, a concepção de mundo na qual Aristóteles se insere, que é apresentada no Timeu [11], de Platão, é absolutamente compatível com o sistema astrológico.
Segundo Marcus Reis, em texto ainda não publicado, há pelo menos quatro pontos importantes no Timeu que corroboram isso:
1) visão teleológica da realidade, que nos possibilita dar sentido aos fenómenos celestes e traçar uma relação com os terrestres;
2) isonomia entre o cosmos, a cidade e o homem, i.e., essas três instâncias da realidade possuem estruturas semelhantes e correlacionadas;
3) estudo das características e funções dos quatro elementos (fogo, terra, água e ar);
4) o homem deve buscar pautar sua vida e sua alma de acordo com as revoluções dos orbes celestes.

Há que se mencionar também a contribuição egípcia, que influenciou mais a astrologia hermética, fundada em textos herméticos [12] e gnósticos, nos quais o contexto religioso é preponderante.

Entretanto, segundo Barton, os textos atribuídos a Nechepso e Petosiris, ou aos "antigos egípcios", que são considerados textos herméticos pela tradição, parecem uma versão egípcia da literatura astrológica mesopotâmica [13].
O fato é que não é possível ter certeza de que a chamada astrologia helenista tenha sido desenvolvida no Egipto, embora, ao longo do século I da era cristã, essa tenha sido a crença vigente, até porque Alexandria tornou-se o centro, não só astrológico, mas intelectual do mundo ocidental.
Dessa maneira, muitos astrólogos cultivavam ou faziam referência aos textos herméticos.

[3] Suméria/Babilônia para alguns, Egito para outros, ou alguma outra civilização que nos teria deixado seus fragmentos, considerando-se a referência documentada a uma prática ainda mais antiga. Essa discussão existe há muito tempo, constando, p.ex., em obras como o De divinatione, de Cícero, na qual ele duvida dos 470 mil anos de idade atribuídos à astrologia.
[4] Cabe lembrar que a Suméria ficava na região sul da Mesopotâmia, e a Acádia, na região norte. A escrita cuneiforme foi inventada pelos sumérios e tornou-se, já no reino da Babilônia (segundo milênio a.C.), sinônimo de poder e prestígio para uma elite aristocrática que, além de registrar detalhadamente as observações celestes, para fins de calendário, agricultura e astrologia, redigiu leis, como o famoso "Código de Hammurabi" [cf. Hammurabi, Rei da Babilônia. O código de Hammurabi. Tradução de E. Bouzon (do original cuneiforme). Petrópolis: Ed. Vozes, 1976]
[5] cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 - p. 10
[6] ibid - p. 23 - minha tradução
[7] idem
[8] Pode soar anacrônico o uso do termo "ciência" no contexto grego, dado que no mundo antigo nunca houve uma distinção clara entre ciência e religião, como há atualmente, entretanto, como esse assunto será discutido mais detalhadamente no próximo capítulo, reservemo-nos o direito de usar esse termo num sentido lato, abarcando inclusive o impulso científico de pensamento abstrato, análise, dedução e pesquisa dos povos mesopotâmicos [cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 - p. 31]
[9] cf. mais informações sobre o estoicismo e a astrologia na próxima seção.
[10] cf. MARTINS, R. A. "A influência de Aristóteles na obra astrológica de Ptolomeu (O Tetrabiblos)" in Trans/Form/Ação. SP: 1995 - p. 51-78
[11] PLATÃO. Timeu - Crítias - O segundo Alcibíades - Hípias Menor. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001
[12] A origem do hermetismo remonta a Hermes Trismegisto, personagem semidivino do Antigo Egito. Platão e Pitágoras são considerados "iniciados" na filosofia hermética, Bruno e Campanella defenderam o hermetismo, e Copérnico cita Hermes na introdução do De Revolutionibus.
[13] cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 - p. 31


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Uma breve História da Astrologia

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História da Astrologia - I (da Babilónia à Internet)

Gudea,
patesi (rei) de Lagash,
uma das várias cidades-estado sumerianas
(aproximadamente 2122-2102 a.C.).

Foi no tempo de Gudea, rei de uma pequena cidade-estado sumeriana chamada Lagash há 4200 anos atrás, que ocorreu o registo das primeiras anotações astrológicas.
Era o ponto de partida de um dos saberes mais antigos do mundo - e também um dos mais permanentes. Conheça agora a fascinante aventura da relação do homem com o cosmos.

Introdução

A astrologia é praticada há milénios, nas suas mais diversas formas, por todas as sociedades do planeta.
Desde os mais remotos agrupamentos humanos que se tem notícia, até à civilização planetária actual, passando por todas as culturas orientais e ocidentais, não houve sequer uma época em que o homem não olhasse para o céu, buscando uma compreensão maior do mundo ao seu redor ou, pelo menos, uma orientação para o seu dia-a-dia.
Para isso, com base nos ciclos regulares que observou na natureza, o homem estabeleceu relógios, calendários e sistemas astrológicos.

É claro que não se pretende aqui dar conta de todas essas variedades de sistemas astrológicos. Não se trata aqui também das astrologias pré-colombianas, nem de qualquer outra que não seja a chamada "astrologia ocidental", assunto que já é suficientemente amplo.

Apesar da diversidade de técnicas e práticas, é possível afirmar que o postulado fundamental de qualquer astrologia é que há uma relação entre um determinado conjunto de eventos celestes, concebidos do ponto de vista geocêntrico, e certos eventos terrestres.

No mundo ocidental, segundo Lynn Thorndike [1], o sistema astrológico foi considerado lei universal da natureza até Newton.
Trata-se, portanto, de um saber coeso, cuja finalidade seria entender os acontecimentos na Terra por meio da suposta relação com certos fenómenos regulares e previsíveis que ocorrem no céu.

Plotino

O que não significa que o nosso destino esteja escrito nas estrelas.
Segundo Plotino, "O movimento dos astros indica os eventos futuros, e não os produz, como se crê frequentemente" [2].
Logo, essa indicação dos astros não teria um caráter determinístico, e sim denotativo, expressando uma predisposição para que certos eventos ocorram.

[1] cf. THORNDIKE, L. "The true place of astrology in the history of science" in Isis. 1955 - p. 273-278
[2] PLOTINUS. Ennead II-3-1. Tradução de A.H. Armstrong. Cambridge: Harvard University Press, 1966 - minha tradução e meu grifo


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Uma breve História da Astrologia

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domingo, 20 de janeiro de 2008

Paracelso


Paracelso é o pseudónimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (17 de dezembro de 1493, Einsiedeln, Suíça - 24 de setembro de 1541, Salzburg, Áustria.
Foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo.
O seu pseudónimo significa "superior a Celso (médico romano)".

Biografia

Paracelso nasceu em Einsiedeln, na Suíça. Era suabiano e sua mãe era suíça.

Na infância, foi educado pelo seu pai, que também era alquimista e médico.

Acompanhava-o nas caminhadas pelas montanhas e povoados, observando a manipulação de medicamentos.

Aprendeu a gostar das plantas e das ervas silvestres.

Foi educado na Áustria e quando jovem trabalhou em minas como analista.

Formou-se em Medicina na Universidade de Viena em 1510, quando tinha 17 anos.

Especula-se que tenha feito o doutoramento na Universidade de Ferrara.

Viajou para vários lugares do mundo, em busca de novos conhecimentos médicos, insatisfeito com o aprendizado tradicional que recebeu na academia.

Foi para o Egipto, Terra Santa, Hungria, Tartária, Arábia, Polónia e Constantinopla procurando alquimistas com quem pudesse aprender algo.

Ao passar pela Tartária, conhecido como Reino do Grande Khan, Paracelso conseguiu curar o seu filho.

No retorno de Paracelso à Europa, os seus conhecimentos em tratamentos médicos tornaram-no famoso. Ele não seguia os tratamentos convencionais para feridas, que consistiam em derramar óleo fervente sobre elas; se as feridas estivessem em um membro (braço ou perna), esperava-se que elas ficassem com gangrena para então amputar o membro afectado.

Paracelso acreditava que as feridas se curariam sozinhas se o pus fosse evacuado e a infecção fosse evitada.

Paracelso foi um astrólogo, assim como muitos (se não todos) dos físicos europeus da época.

A Astrologia foi uma parte muito importante da Medicina de Paracelso.

Em um de seus livros, ele reservou várias secções para explicar o uso de talismãs astrológicos na cura de doenças.

Criou e produziu talismãs para várias enfermidades, assim como talismãs para cada signo do Zodíaco.

Paracelso também inventou um alfabeto chamado "Alfabeto dos Reis Magos" e esculpiu nos talismãs nomes angelicais.

Foi Parecelso que utilizou pela primeira vez o termo Homunculus (do latim, homunculus, pequeno homem), um ser humano artificial, que segundo ele, era uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias, então se formaria o embrião.

Paracelso foi o pioneiro no uso de produtos químicos e de minerais na Medicina.

Usou a palavra "zink" para designar o zinco em 1526, baseado nos pontos afiados de seus cristais depois de refinados. Ele usou a experimentação para aprender sobre Anatomia humana.

Na sua visão hermética, a doença e a saúde do corpo dependem da harmonia do homem com o microcosmo e a Natureza do macrocosmo.

Ele teve uma aproximação diferente dos seus antecessores, baseando-se não na purificação da alma mas sim na idéia, de que os humanos tenham certos balanços de minerais em seus corpos e que certas doenças do corpo, tinham certos remédios que pudessem curá-las (Debus & Multhauf, p. 6-12).

Ou seja, procurava a cura das doenças na aplicação de substâncias químicas.

Assim, Paracelso lançou uma das bases da Química Moderna e, portanto, da farmacologia e do progresso da ciência médica.

Paracelso ficou conhecido como sendo arrogante, logo atraindo o ódio de outros cientistas da Europa. Ele ficou na cadeira de Medicina da Universidade de Basel por menos de um ano. Lá, ele atraiu o ódio de seus colegas por queimar publicamente livros de outros físicos. Paracelso foi expulso da cidade depois de problemas legais.

A partir de então, começou a vaguear pela Europa como um típico indigente. Ele revisou antigos manuscritos e escreveu novos, mas não encontrou quem os publicasse.

Em 1536 seu Die grosse Wundartzney (O Grande Livro da Cirurgia) foi publicado, dando-lhe um pequeno aumento na popularidade.

Voltou para Salzburgo na Áustria em 1540, convidado pelo bispo da cidade.

Faleceu em 24 de setembro de 1541 com apenas 47 anos, num hospital.

Dizem que enlouqueceu e que afirmava ter fabricado o Elixir da Vida e a Pedra Filosofal.

A causa de sua morte não foi esclarecida.

Uma hipótese é que tenha sido vítima de feridas infectadas, ocasionadas quando, embriagado, sofreu uma queda numa taberna.

O corpo foi velado na igreja de São Sebastião e, conforme seu último desejo, foram entoados os salmos bíblicos 1, 7 e 30.



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