domingo, 20 de janeiro de 2008

Paracelso


Paracelso é o pseudónimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (17 de dezembro de 1493, Einsiedeln, Suíça - 24 de setembro de 1541, Salzburg, Áustria.
Foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo.
O seu pseudónimo significa "superior a Celso (médico romano)".

Biografia

Paracelso nasceu em Einsiedeln, na Suíça. Era suabiano e sua mãe era suíça.

Na infância, foi educado pelo seu pai, que também era alquimista e médico.

Acompanhava-o nas caminhadas pelas montanhas e povoados, observando a manipulação de medicamentos.

Aprendeu a gostar das plantas e das ervas silvestres.

Foi educado na Áustria e quando jovem trabalhou em minas como analista.

Formou-se em Medicina na Universidade de Viena em 1510, quando tinha 17 anos.

Especula-se que tenha feito o doutoramento na Universidade de Ferrara.

Viajou para vários lugares do mundo, em busca de novos conhecimentos médicos, insatisfeito com o aprendizado tradicional que recebeu na academia.

Foi para o Egipto, Terra Santa, Hungria, Tartária, Arábia, Polónia e Constantinopla procurando alquimistas com quem pudesse aprender algo.

Ao passar pela Tartária, conhecido como Reino do Grande Khan, Paracelso conseguiu curar o seu filho.

No retorno de Paracelso à Europa, os seus conhecimentos em tratamentos médicos tornaram-no famoso. Ele não seguia os tratamentos convencionais para feridas, que consistiam em derramar óleo fervente sobre elas; se as feridas estivessem em um membro (braço ou perna), esperava-se que elas ficassem com gangrena para então amputar o membro afectado.

Paracelso acreditava que as feridas se curariam sozinhas se o pus fosse evacuado e a infecção fosse evitada.

Paracelso foi um astrólogo, assim como muitos (se não todos) dos físicos europeus da época.

A Astrologia foi uma parte muito importante da Medicina de Paracelso.

Em um de seus livros, ele reservou várias secções para explicar o uso de talismãs astrológicos na cura de doenças.

Criou e produziu talismãs para várias enfermidades, assim como talismãs para cada signo do Zodíaco.

Paracelso também inventou um alfabeto chamado "Alfabeto dos Reis Magos" e esculpiu nos talismãs nomes angelicais.

Foi Parecelso que utilizou pela primeira vez o termo Homunculus (do latim, homunculus, pequeno homem), um ser humano artificial, que segundo ele, era uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias, então se formaria o embrião.

Paracelso foi o pioneiro no uso de produtos químicos e de minerais na Medicina.

Usou a palavra "zink" para designar o zinco em 1526, baseado nos pontos afiados de seus cristais depois de refinados. Ele usou a experimentação para aprender sobre Anatomia humana.

Na sua visão hermética, a doença e a saúde do corpo dependem da harmonia do homem com o microcosmo e a Natureza do macrocosmo.

Ele teve uma aproximação diferente dos seus antecessores, baseando-se não na purificação da alma mas sim na idéia, de que os humanos tenham certos balanços de minerais em seus corpos e que certas doenças do corpo, tinham certos remédios que pudessem curá-las (Debus & Multhauf, p. 6-12).

Ou seja, procurava a cura das doenças na aplicação de substâncias químicas.

Assim, Paracelso lançou uma das bases da Química Moderna e, portanto, da farmacologia e do progresso da ciência médica.

Paracelso ficou conhecido como sendo arrogante, logo atraindo o ódio de outros cientistas da Europa. Ele ficou na cadeira de Medicina da Universidade de Basel por menos de um ano. Lá, ele atraiu o ódio de seus colegas por queimar publicamente livros de outros físicos. Paracelso foi expulso da cidade depois de problemas legais.

A partir de então, começou a vaguear pela Europa como um típico indigente. Ele revisou antigos manuscritos e escreveu novos, mas não encontrou quem os publicasse.

Em 1536 seu Die grosse Wundartzney (O Grande Livro da Cirurgia) foi publicado, dando-lhe um pequeno aumento na popularidade.

Voltou para Salzburgo na Áustria em 1540, convidado pelo bispo da cidade.

Faleceu em 24 de setembro de 1541 com apenas 47 anos, num hospital.

Dizem que enlouqueceu e que afirmava ter fabricado o Elixir da Vida e a Pedra Filosofal.

A causa de sua morte não foi esclarecida.

Uma hipótese é que tenha sido vítima de feridas infectadas, ocasionadas quando, embriagado, sofreu uma queda numa taberna.

O corpo foi velado na igreja de São Sebastião e, conforme seu último desejo, foram entoados os salmos bíblicos 1, 7 e 30.



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